Vejo muita coisa aqui.
Vivo muita coisa por aqui.
Eu estava por aqui quando as 200 meninas de Chibok foram sequestradas.
Muito barulho foi feito e, as q conseguiram se salvar, cerca de 140 voltaram para casa gravidas, traumatizadas e em silencio aos olhos do mundo. Um ano depois!!!!!
Estava aqui quando o mundo parou, pelo atentado ao Charlie Abdo.
E em Madugri mais de 2.000 pessoas mortas, isso mesmo nao errei duas mil.
E nem uma nota de rodapé mundo a fora.
Essa semana o atentado em Paris, e dois dias antes 35 mortos no norte da Nigeria.
Vitimas do Boko Haram, atentados no Libano no Kenya...
Uma vida nao vale mais q a outra.
Um filho nao é mais precioso a um pai q para o outro.
Nao vou entrar nessa discussao pois ela nao tem fim e nem sentido.
Mas tem coisas q ainda nao me acostumei e espero NUNCA me acostumar.
Semana passada indo para o trabalho .
Vejo uma cena pela segunda vez aqui.
Nao fotografei nem filmei, em respeito aos pais, amigos e familiares. Deixo para outras pessoas de sangue mais frio a divulgaçao desse tipo de imagem.
Apenas fechei meus olhos e orei.
A dias essa imagem nao sai de minha cabeça.
Ai, me lembrei de uma cançao do João Bosco.
Uma linda melodia.
Com uma letra que é um soco no estomago e mostra a dura realidade da cena que vi e vivi.
De alguma forma fui personagem desta historia.
Queria deixar aqui minha homenagem, ou um espelho.
Esta doce melodia que nos estapeia a face.
E que tentemos fazer diferente.
Quem sabe uma nova cançao.
Onde letra e musica mostrem que ainda somos seres humanos com um coraçao capaz das mais belas açoes.
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